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Já antes havia escrito que “se poderia aproveitar a Vázea Grande como uma verdadeira Praça do Município, ocupando a Câmara Municipal o complexo do Convento de São Francisco”, que até se poderia, num horizonte a longo prazo, “equacionar a construção dum parque subterrâneo” e que “embora mais difícil de conseguir dado o enorme esforço de negociação com a CP e a Rodoviária, a remodelação da Central de Camionagem, da Estação de Tomar e da Praça de Táxis, de forma a harmonizar a fachada dos dois edifícios, melhorar substancialmente a Central de Camionagem, desviando a entrada e saída dos autocarros pela lateral e criando uma praça de táxis mais bem organizada”.
Porém, ainda não me tinha ocorrido outra ideia, que apesar de rebuscada me parece fazer algum sentido, digo rebuscada já que a mesma não se enquadra nos actuais moldes de pensamento que vigoram na sociedade tomarense. Mas, abstraindo-nos disso, trago à consideração o seguinte exercício: Quando actualmente se debate os problemas da mobilidade sustentável, dos benefícios, tanto ambientais como económico-sociais, dos transportes públicos e, por cá, se debate o futuro do Mercado Municipal, sabendo nós que tal valência deve ficar bem enquadrada no sistema de mobilidade urbana, porque não a transferência do Mercado Municipal para os terrenos contíguos à Estação de Tomar?
De facto, se em vez de se optar por manter o actual edifício se optasse pela construção dum novo, moderno e, consequentemente, mais funcional mercado, adaptado às novas realidades económicas e até mesmo turísticas, o mesmo deveria ser também instalado num espaço que observe as seguintes características:
Grande parte dos vendedores e compradores do mercado é oriunda das freguesias rurais, dessa forma, se o Mercado Municipal se situasse mesmo ao lado dos terminais ferroviários e rodoviários os seus utentes beneficiariam dessa situação, promovia-se o transporte colectivo, que deve ser promovido como alternativa ao trânsito em Tomar, bem como, ao mesmo tempo, continuaria a servir a cidade, já que a sua localização é, igualmente, bem servida no quadro da mobilidade urbana da cidade, muito mais tendo em conta a nova Ponte do Flecheiro, por fim, se a este exercício lhe somássemos as restantes intervenções por mim sugeridas (a de tornar a Várzea Grande na Praça do Município) então teríamos não só os edifícios da administração pública, da justiça, religiosos, de transportes e escolares mas também, um dos símbolos da economia local, o Mercado Municipal, tornando aquela várzea, a praça de excelência de Tomar, junto às portas mais “emblemáticas” da cidade, sem no entanto se poder considerar como fora do centro, relativamente perto das principais artérias e bem servida de estacionamento.
É um exercício de pensamento que, penso fazer algum sentido, mesmo que ainda atravessemos o marasmo económico circunstancial.
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