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Escolher a melhor ideia

por Virgilio Alves, em 12.07.13

Nos tempos que correm a situação económica e social do Município de Tomar é grave e apresenta evidentes sinais de debilidade fruto do estado caótico que a Câmara Municipal de Tomar, e o seu executivo, permitiu que se instalasse. A progressiva regressão do sector secundário, nomeadamente, da actividade industrial e falta de criação de postos de trabalho nos demais sectores atiraram este município para a linha da frente do desemprego e das desigualdades sociais condenando o Concelho à estagnação e ao retrocesso.

 

Tomar não oferece, hoje, oportunidades aos jovens que os atraiam a fixar-se e aqueles que cá habitam e estudam tendem a partir em busca de novas possibilidades e carreiras fora do Concelho. Ao facto de não existir emprego soma-se o parco investimento cultural e em infra-estruturas de lazer tornando Tomar, a este nível, uma cidade fantasma, inanimada e incapaz de atrair visitantes em número sustentável que fomentem o comércio local, mesmo quando de ocasionalmente se vá tentando um ou outro evento, cuja maioria padece duma glorificação exacerbada, como se de facto fossem obras-primas inalcançáveis pelos outros. Sobra o sector da educação que ainda vai trazendo alguma vitalidade ao Município, ainda assim, muito há que fazer, principalmente, no apoio ao Ensino Superior e à cooperação com o Instituto Politécnico de Tomar e ao fomento da cooperação entre este e as empresas da região, potenciadoras de criação de quadros no concelho, postos de trabalho e fomentadoras do empreendedorismo.

 

Politicamente o Concelho de Tomar tem sido governado sucessivamente pelas maiorias do PSD, a maior parte dos mandatos beneficiando de maioria absoluta que lhe permitia tomar decisões independentemente das restantes forças políticas, ao longo de doze anos ficou gravada marcadamente no Município a passagem dos executivos sociais-democratas, essa marca, infelizmente, revelou-se péssima e cada vez mais perigosa para o Concelho, assim, analisando o passado destes três mandatos, percebe-se que, há medida que vamos caminhando em direcção à actualidade, esses executivos têm compulsivamente sendo mais nefastos para Tomar, condicionando inicialmente o seu desenvolvimento, travando-o, mesmo, no presente e, cada vez, mais comprometendo negativamente o futuro.

 

É necessário apresentar à população tomarense propostas concretas, necessárias e austeras, com vista à resolução dos problemas do concelho que apresentam hoje uma magnitude alarmante, só resolúveis seguindo uma política rigorosíssima em relação à contenção da despesa, diminuindo-a para níveis aceitáveis visando alcançar a resolução dos problemas financeiros, da gestão da dívida municipal e, finalmente, conseguir uma câmara sustentável que possa desenvolver projectos de alavancagem económica e social. Tais medidas são tão necessárias como difíceis, porém, o tempo urge e quanto mais se adiar mais morosa será a recuperação e saneamento financeiro.

 

Tendo como princípio que só uma câmara financeiramente estável pode almejar progredir e fomentar o avanço económico, reside a premissa de que é necessário controlar rapidamente a balança desfavorável e conter os gastos inúteis e desnecessários. Basicamente um concelho que não produz não poderá garantir as condições necessárias aos seus munícipes e todos os melhoramentos necessários deverão ser compensados pelos ganhos directos e aqueles que, indirectamente, participam nos ditos ganhos sociais e económicos, ganhos esses que advém da política económica seguida e do fomento da produção de bens e serviços no seio do Município.

 

A visão que se deve potenciar reside no entendimento de que um ganho não significa necessariamente uma mais-valia monetária, logo, quaisquer desenvolvimentos sociais e culturais concorrem, na sua conta e medida, para a alavancagem económica, não obstante, tais investimentos deverão ser realizados mediante disponibilidade financeira e, ainda mais, mediante viabilidade do ponto de vista da ciência social, isto é, que se traduzam num melhoramento que, não sendo, de índole monetária, contribui para o desenvolvimento da economia local.

 

Para se poder ser uma alternativa credível e viável é necessário proceder à planificação das directivas que regerão toda a actividade e processos que se visam implementar, desde os moldes de actuação aos projectos, ideias e políticas a apresentar, estes últimos com marcada importância. Ora se é necessário ter boas políticas, estas não poderão ser aplicadas se não for do conhecimento público, uma vez que a sua aceitação é, em sede de poder democrático, nas urnas e, como tal, se não forem do conhecimento dos eleitores nunca poderão ser propriamente escrutinada em pé de igualdade com as demais políticas.

 

Os cidadãos devem encarar estas eleições como um marco numa viragem política, participando e escolhendo a melhor solução, não se devem deixar levar pelo apelo fácil do inconformismo da abstenção, mesmo quando algumas figuras em Tomar escrevam e digam nesse sentido. A política é muito mais do que um simples jogo de poder, desde que se cumpra o que está escrito na escadaria dos Paços do Concelho: “O Povo É Quem Mais Ordena”, porém ordenar é neste sentido, ouvir e ser ouvido, participar dos projectos políticos, modificando-os consoante a vontade popular, debatendo com afinco os problemas de Tomar e escolhendo, de forma responsável as candidaturas que melhor defendem os interesses de Tomar. Essa escolha tem que ser tomada, esquecendo as óbvias diferenças financeiras das candidaturas, não importa quem apresenta mais cartazes ou mais opulência, no final, o precioso de cada candidatura é o líquido da sua proposta e aí sim, umas têm outras nem por isso.

 

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