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Num mandato onde a Assembleia Municipal de Tomar aprovou o maior orçamento municipal das últimas décadas quando o país é assolado por constrangimentos de índole financeira com os juros da dívida pública a aumentarem a cada dia, fica por explicar as grandes razões de se aprovar um orçamento de 57.000.000€00.
Estando o concelho a atravessar uma profunda crise financeira que de resto dura também há vários anos, essencialmente no período de domínio social-democrata com principal destaque para os mandatos do Eng.º António Paiva, a Câmara Municipal de Tomar, nas pessoas do seu executivo PSD, levaram avante obras e gastos absurdos, gastos cuja contrapartida para o município foi pouca ou nula. Continua a assistir-se a uma política de investimentos sem nexo, sem grande plano ou futuro.
De resto ficaram de fora, como habitualmente as definições estratégicas nos domínios da produção, isto é, investimentos que potenciassem a criação de riqueza e, indirectamente, proveitos para a autarquia, que desafiam a lógica familiar de só se incorrerem em gastos sem contrapartida quando houver fontes próprias de financiamento.
De facto, o município continua ultra dependente da vontade externa e dos fundos comunitários, não assegurando a sua independência financeira. A indústria continua em declínio, numa fase já depauperizada e minimalista, asfixiante para a demanda de empregos que não são suprimidos pelos sector terciários, o dos serviços. Muito menos são absorvidos pela tónica do Turismo, que existe só no papel e no nome místico dos Templários.
É certo que alguns aspectos há que valorizar, ainda assim, o balanço funcional do município é péssimo e desesperadamente dependente de outros factores, a sobrevivência do Instituto Politécnico é um deles.
É necessário proceder a um ajustamento das prioridades do município que deveriam visar a queda abrupta da despesa, despesa essa contraída em obras que por mais merecedoras que possam ser, são levadas a cabo em alturas impróprias. É necessário reformular urgentemente a própria Câmara Municipal e os seus serviços a acabar de uma vez por todas com a insustentável política de coexistirem edifícios pertença da Câmara Municipal sem qualquer aproveitamento e de espaços arrendados.
Infelizmente por mais um anos continuamos sem um verdadeiro plano económico-financeiro e de sólidas directrizes sociais e políticas para Tomar.
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