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Neste esboço (01) apresentamos a configuração de uma das comportas que passam por sob a antiga Central Eléctrica, na verdade são 3 as adufas que passam sob a central, uma destinada apenas a controlo de quotas, e duas que alimentavam as duas turbinas que produziam electricidade.
Aqui está representado um esboço de uma das turbinas da central, alertamos para o facto de o desenho não ter sido feito com escala, destina-se apenas para explicação do funcionamento da hidráulica da vala.
A Rua Everard é muito mais conhecido dos Nabantinos pelo nome de Levada, a levada era a puxada de água que se fez para os moinhos e moendas D'el Rey cujo funcionamento era atestado pela energia hidráulica do rio Nabão, D. Manuel restaurou os moinhos dos Templários e estabilizou o curso do Nabão, com o passar dos anos as casa foram sendo construídas viradas para a levada de água o que originou uma rua entre o curso de água e o casario , daí o nome de Levada. Mais tarde aquando da reforma toponímica levada a cabo pela Câmara Municipal, a rua passaria a ser oficialmente como a Rua Eng. João Carlos Everard , embora, no seio popular a rua continuasse a ser designada apenas como a Levada, nome que ainda hoje é conhecida. De facto se se perguntar a um Tomarense pela Rua Everard apenas alguns saberão responder enquanto se se lhe perguntar pela Levada, mesmo que não saiba o nome das ruas, indicar-lhe-á certamente a rua Everard .
Quanto à adufa de água da central (clique na imagem para aumentar) esta é regulada pelas duas comportas que que se situam no extremo, a vala na sua quota normal dista cerca de meio metro da margem permanecendo actualmente sempre cheia, quando funcionava a central a comporta que ao contrário das comportas da adufa reguladora do caudal, são manuais, são abertas mediante um veio que está localizado junto à parede fazendo-o rodar, o qual mediante um sem-fim obrigará a comporta a subir ou descer, então, a água da vala entrará pelo canal até atingir um poço onde se encontra o veio da turbina, ao longo do veio estão localizadas umas palhetas, a água adquire rapidez na medida em que a sua deslocação se faz na horizontal tomando velocidade devido à acção gravítica, a água encontra pelo caminho as palhetas que funcionam como obstáculos, assim, a água exerce uma força sobre as palhetas dispostas obliquamente por forma a que quando passe por elas obrigue o veio a iniciar um movimento de rotação que accionará a turbina produzindo energia. no veio existe um mecanismo que permite controlar a velocidade de rotação do veio, que consiste no seguinte: um accionado vertical faz movimentar as palhetas para que as elhetas apresentem uma obliquosidade com um maior ou menor declive, então quanto menor for o declive das palhetas maior será o obstáculo para a água e maior rápido o veio girará ao contrário se o declive for maior a água fluirá mais facilmente pelo poço e o veio girará menos. Isto permite controla a produção tendo em conta dois factores: o caudal da vala (maior ou menor) e o consumo energético maior produção ou menor. findo o processo no final do poço a continuação do túnel conduz a água ao curso do Rio Nabão que está a nível mais baixo nas traseiras da central.
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