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Anabela Freitas ganhou as eleições em Tomar, antes de tecer quaisquer comentários cabe-me saudar a candidata e o Partido Socialista pela vitória em Tomar.
Não embarcando em euforias, considero apesar de tudo que não venceu a melhor opção, que reafirmo ser a candidatura à qual me associei, a do Eng, Bruno Graça e do colectivo da CDU de Tomar, que, não obstando, obtivemos um bom resultado ao atingirmos um dos objectivos secundários, a eleição de pelo menos um vereador, sendo que o objectivo primordial e fulcral, seria obviamente a presidência da Câmara Municipal.
“Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce” escreveu Fernando Pessoa no seu Mar Portuguez d’A Mensagem, é esse o espírito que vos quero transmitir, um sentimento que “Tomar quer, o Povo sonha, a Obra nasce”.
Durante muito tempo sempre nos habituámos a aceitar e conformarmo-nos com a degradação da nossa cidade, com e definhar do nosso concelho, limitámo-nos a constatar factos, a julgar pessoas e a criar ilusões, pensámos que a força do nome de Tomar seria suficiente, deitámo-nos à sombra do Nabão, esperámos que um qualquer messias descesse à Terra para a salvar do seu colapso.
Dia 29, votem em mim, votem nesta equipa, votem em Tomar, VOTEM NA CDU.
Virgilio Miguel Almeida Alves;
N.º 6 na lista da CDU para a Assembleia Municipal de Tomar
Começou ontem o período de campanha eleitoral embora as diversas candidaturas já tivessem iniciado as suas pré-campanhas, umas com melhores resultados, outras com piores. Sobre este arranque é possível tecer algumas considerações:
De acordo com os dados divulgados pela DGES o Instituto Politécnico de Tomar volta a ser, pela 3.ª vez consecutiva, a instituição de ensino superior pública com a menor taxa de ocupação com, exactamente, 20% de vagas colocadas.
Das 515 vagas foram preenchidas apenas 103 nas 3 escolas do Instituto Politécnico de Tomar (Escola Superior de Gestão de Tomar e Escola Superior de Tecnologia de Abrantes 81 em 400 e Escola Superior de Tecnologia de Abrantes 22 em 115).
Já antes havia escrito que “se poderia aproveitar a Vázea Grande como uma verdadeira Praça do Município, ocupando a Câmara Municipal o complexo do Convento de São Francisco”, que até se poderia, num horizonte a longo prazo, “equacionar a construção dum parque subterrâneo” e que “embora mais difícil de conseguir dado o enorme esforço de negociação com a CP e a Rodoviária, a remodelação da Central de Camionagem, da Estação de Tomar e da Praça de Táxis, de forma a harmonizar a fachada dos dois edifícios, melhorar substancialmente a Central de Camionagem, desviando a entrada e saída dos autocarros pela lateral e criando uma praça de táxis mais bem organizada”.
Tornar a participação pública directa num dos pilares da democracia é uma ideia que me parece que, senso comum, faz todo o sentido, porém, se não é viável realizar assembleias municipais com todos os eleitores o mesmo não quer dizer que seja, de todo, impossível. De facto, há uma forma bastante eficaz de envolver as comunidades na resolução dos problemas do município em sede própria, trata-se do Orçamento Participativo que o Município de Palmela, de forma pioneira, introduziu em Portugal com resultados bastante satisfatórios, não só por fornecer à própria autarquia uma ferramenta eficaz para auscultar os seus munícipes como permitiu às populações exercer um direito seu de forma muito mais directa que a representatividade política.
Nos tempos que correm a situação económica e social do Município de Tomar é grave e apresenta evidentes sinais de debilidade fruto do estado caótico que a Câmara Municipal de Tomar, e o seu executivo, permitiu que se instalasse. A progressiva regressão do sector secundário, nomeadamente, da actividade industrial e falta de criação de postos de trabalho nos demais sectores atiraram este município para a linha da frente do desemprego e das desigualdades sociais condenando o Concelho à estagnação e ao retrocesso.
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